Artigo - 26/06/2025

Golpes e Fraudes: Como podemos nos proteger?

Caso 1: O nº do celular

“Joana que é uma jovem estagiária de pedagogia e artesã, estava aplicando uma prova na sala de aula quando recebeu uma ligação.

  • Bom dia, é a senhora Joana?
  • Quem está falando?
  • Aqui é Ian, falo da operadora XXX e estamos ligando para avisar que seu número será desativado no final de semana. É a senhora Joana?
  • Sim, sou eu, mas como assim?
  • Senhora Joana existe um pequeno valor que acabou ficando sem pagamento e em função disso seu número será desativado.
  • Meu número desativado? Impossível, meus clientes conhecem esse número, não posso perder. Mas não estou entendendo, sempre paguei em dia.
  • Por favor senhora Joana, anote o nº do protocolo é XXXXXXXXXXXXX. Tem um valor de R$ 29,90 que ficou pendente em uma atualização do nosso sistema, isso foi na virada no ano. Talvez não tenha percebido o recebimento da fatura. A senhora deseja fazer uma reclamação?
  • Sim, quero registrar uma reclamação. Mas não quero perder meu número, o que posso fazer?
  • Certo, sua reclamação já está registrada. Para ajudar a senhora posso gerar um boleto e assim que pagar, dou baixa no sistema e cancelo a desativação.
  • Pode gerar o boleto.
  • ok, envio pelo whats para facilitar.”

Caso 2: Compra não reconhecida

“João estava no aeroporto, indo para uma importante reunião de negócios, seu voo estava quase partindo, quando ele recebeu uma ligação:

  • Alô.
  • Alô, é o senhor João?
  • Sim. Quem é?
  • Aqui é do XXX e identificamos uma compra no seu cartão, fora do habitual. Estamos entrando em contato para confirmar a compra de um curso no valor de 300 dólares.
  • De jeito nenhum, não reconheço.
  • Ok, o senhor não reconhece a compra?
  • Isso, não reconheço.
  • Certo, vamos confirmar alguns dados para bloquear essa compra, seu nome completo e CPF.
  • Meu CPF é XXXXXXXXXXX…”

O que tem em comum nesses dois casos?

  • A urgência
  • O medo
  • A salvação

A urgência em resolver o problema (dia seguinte vão desativar telefone ou a compra está sendo realizada naquela hora), o medo de perder algo que é importante (o nº do celular, o uso do cartão de crédito e o dinheiro) e a salvação (o atendente vai salvar, vai ajudar a pessoa fazendo um favor). Nos dois casos a pessoa fica agradecida por ser ajudada, mas antes teve o medo acionado. As histórias foram baseadas em casos reais: o golpe do falso boleto e a compra não identificada no cartão de crédito. Perceba que no final das conversas as pessoas acabam compartilhando os dados.

Golpes e fraudes acessam nossas emoções, geralmente estamos trabalhando, preocupados em como vamos pagar as contas e cuidar das nossas vidas. Então, quando chega um problema e tem alguém se dispondo a ajudar, é muito difícil não nos deixarmos levar.

Vale lembrar que apenas nos três primeiros meses de 2025, foram quase 2 milhões de tentativas de fraudes e golpes. Portanto, uma das principais formas de proteção é “não se deixar levar pela emoção”. Por mais urgente ou problemática que seja a situação, peça um tempo e com calma ligue para o nº oficial da instituição e certifique-se de que realmente está falando com o local certo.

Se o problema pode ser causado por urgência, medo e salvação, a solução para se proteger pode ser: calma, coragem e autonomia:

  • Calma para não seguir dando informações, ouvir o pedido e retornar à ligação através de um número oficial (você liga depois de pesquisar o nº correto).
  • Coragem para enfrentar a situação de frente e, mesmo desconfiando que possa ser golpe (e pode não ser), agradecer, desligar e ligar para um número oficial. E,
  • Autonomia, ou seja, você não precisa ser “salvo”, você tem autonomia para verificar se a informação que está recebendo é verdadeira. Saia do automático e com calma e coragem você conseguirá se proteger.

E quando tiver alguma dúvida, lembre-se das imagens abaixo:

Não fique no meio da urgência, do medo e com a necessidade de ser salvo. Se proteja tendo calma, coragem e autonomia, lembrando-se: você tem com quem contar.

Márcia Tolotti
Autor

Márcia Tolotti

Psicanalista, psicóloga, escritora, especialista em psicofinanças e sócia da SOS MINDSET. Mestre em Cultura, MBA em Marketing e Especialista em Inovação e Cooperativismo.

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