
Golpes e Fraudes: Como podemos nos proteger?
Caso 1: O nº do celular
“Joana que é uma jovem estagiária de pedagogia e artesã, estava aplicando uma prova na sala de aula quando recebeu uma ligação.
- Bom dia, é a senhora Joana?
- Quem está falando?
- Aqui é Ian, falo da operadora XXX e estamos ligando para avisar que seu número será desativado no final de semana. É a senhora Joana?
- Sim, sou eu, mas como assim?
- Senhora Joana existe um pequeno valor que acabou ficando sem pagamento e em função disso seu número será desativado.
- Meu número desativado? Impossível, meus clientes conhecem esse número, não posso perder. Mas não estou entendendo, sempre paguei em dia.
- Por favor senhora Joana, anote o nº do protocolo é XXXXXXXXXXXXX. Tem um valor de R$ 29,90 que ficou pendente em uma atualização do nosso sistema, isso foi na virada no ano. Talvez não tenha percebido o recebimento da fatura. A senhora deseja fazer uma reclamação?
- Sim, quero registrar uma reclamação. Mas não quero perder meu número, o que posso fazer?
- Certo, sua reclamação já está registrada. Para ajudar a senhora posso gerar um boleto e assim que pagar, dou baixa no sistema e cancelo a desativação.
- Pode gerar o boleto.
- ok, envio pelo whats para facilitar.”
Caso 2: Compra não reconhecida
“João estava no aeroporto, indo para uma importante reunião de negócios, seu voo estava quase partindo, quando ele recebeu uma ligação:
- Alô.
- Alô, é o senhor João?
- Sim. Quem é?
- Aqui é do XXX e identificamos uma compra no seu cartão, fora do habitual. Estamos entrando em contato para confirmar a compra de um curso no valor de 300 dólares.
- De jeito nenhum, não reconheço.
- Ok, o senhor não reconhece a compra?
- Isso, não reconheço.
- Certo, vamos confirmar alguns dados para bloquear essa compra, seu nome completo e CPF.
- Meu CPF é XXXXXXXXXXX…”
O que tem em comum nesses dois casos?
- A urgência
- O medo
- A salvação
A urgência em resolver o problema (dia seguinte vão desativar telefone ou a compra está sendo realizada naquela hora), o medo de perder algo que é importante (o nº do celular, o uso do cartão de crédito e o dinheiro) e a salvação (o atendente vai salvar, vai ajudar a pessoa fazendo um favor). Nos dois casos a pessoa fica agradecida por ser ajudada, mas antes teve o medo acionado. As histórias foram baseadas em casos reais: o golpe do falso boleto e a compra não identificada no cartão de crédito. Perceba que no final das conversas as pessoas acabam compartilhando os dados.
Golpes e fraudes acessam nossas emoções, geralmente estamos trabalhando, preocupados em como vamos pagar as contas e cuidar das nossas vidas. Então, quando chega um problema e tem alguém se dispondo a ajudar, é muito difícil não nos deixarmos levar.
Vale lembrar que apenas nos três primeiros meses de 2025, foram quase 2 milhões de tentativas de fraudes e golpes. Portanto, uma das principais formas de proteção é “não se deixar levar pela emoção”. Por mais urgente ou problemática que seja a situação, peça um tempo e com calma ligue para o nº oficial da instituição e certifique-se de que realmente está falando com o local certo.
Se o problema pode ser causado por urgência, medo e salvação, a solução para se proteger pode ser: calma, coragem e autonomia:
- Calma para não seguir dando informações, ouvir o pedido e retornar à ligação através de um número oficial (você liga depois de pesquisar o nº correto).
- Coragem para enfrentar a situação de frente e, mesmo desconfiando que possa ser golpe (e pode não ser), agradecer, desligar e ligar para um número oficial. E,
- Autonomia, ou seja, você não precisa ser “salvo”, você tem autonomia para verificar se a informação que está recebendo é verdadeira. Saia do automático e com calma e coragem você conseguirá se proteger.
E quando tiver alguma dúvida, lembre-se das imagens abaixo:
Não fique no meio da urgência, do medo e com a necessidade de ser salvo. Se proteja tendo calma, coragem e autonomia, lembrando-se: você tem com quem contar.
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