Corre que é golpe!

Joana, uma jovem influenciadora de moda era cheia de sonhos e ambições. Como muitos da sua idade, passava horas navegando nas redes sociais, sempre em busca de novas oportunidades. Embora Joana tivesse uma renda razoável, sempre buscava maneiras de ajudar sua família financeiramente e garantir uma reserva para emergências.

Um dia, enquanto rolava seu feed do Instagram, se deparou com um anúncio chamativo: “Ganhe dinheiro fácil investindo em criptomoedas! Prometemos lucros altos em poucos dias!” A imagem era atraente e as promessas eram tentadoras. Quando ia clicar no link, ela ficou em dúvida e lembrou das conversas que tivera com seus amigos sobre fraudes online. “O que é mais importante? A pressa de ganhar dinheiro ou garantir minha segurança?” pensou.

Joana decidiu investigar melhor. Ela começou a procurar informações sobre a empresa e encontrou várias denúncias de golpes. A empresa prometia muitas coisas, mas não tinha um histórico confiável. Ao mesmo tempo, percebeu que a sensação que ela tinha tido não era das melhores, e, naquele momento, precisou admitir para si mesma: era ganância. Joana tinha sido “mordida” pela vontade fácil e rápida de conseguir as coisas, e isso quase a fez cair em um golpe. Depois de tudo isso, ela deixou a postagem de lado e ficou orgulhosa de si mesma, porque conseguiu evitar um prejuízo financeiro e escapar de uma armadilha.

Algumas semanas depois, Joana recebeu uma ligação da universidade, dizendo que ela tinha uma dívida pendente e precisava pagar logo para evitar problemas. Naquele momento, ela estava terminando o roteiro de um vídeo para o Instagram e ainda tinha que se arrumar para um happy hour. Como ela não tinha um controle das finanças e estava com pressa, agradeceu ao atendente e passou as informações solicitadas. No final, ficou feliz por ter conseguido pagar o boleto atrasado no mesmo dia.

Naquela noite, Joana saiu com os amigos e, no barzinho, contou o perrengue do dia. Foi aí que um deles comentou que a universidade não costuma fazer esse tipo de contato por telefone e então, ela percebeu: tinha sido vítima de um “falso boleto”. Mais uma vez, Joana se deparou com suas emoções: o medo. O medo de perder o semestre e a irritação de ser interrompida a fizeram pagar um boleto falso, sem perceber.

“Antes foi a ganância, agora o medo, o que mais vou sentir? Como posso me proteger?” – falou Joana para si mesma. Agora era a angústia e o arrependimento que circulavam na mente e no coração de Joana. Mas afinal, o que essa história nos mostra? São muitas lições:

• As emoções direcionam nossas ações. Desenvolva o autoconhecimento para perceber quando está mais frágil e que pode cair em armadilhas.
• Fraudes e golpes financeiros são uma realidade.
• Ofertas irresistíveis são ilusões – “quando a promessa é demais, até o santo desconfia”.
• Sempre verifique as fontes, pesquise e não tenha pressa em gastar seu dinheiro.
• Siga fontes confiáveis e eduque-se sobre segurança financeira.

Para finalizar vale pensar sobre alguns dados:

• Jovens entre 16 e 29 anos caem em cerca de 27% dos casos de fraudes e golpes financeiros.
• Idosos também são alvos dos criminosos e representam cerca de 14% das pessoas que caem em golpes.
• Em 2024 as fraudes digitais representaram cerca de 10 bilhões de reais no Brasil.

Seja por link, whats, instagram ou telefone fique muito atento. Na dúvida entre em contato diretamente com sua agência bancária, entre nos sites oficiais e se proteja. Não economize tempo para se proteger, não se deixe levar pelas emoções, pois 5 minutos de distração pode representar meses de prejuízo e caso precise: “corra que é golpe”.