
ESTAMOS DIANTE DO FIM? Como lidar com o consumo de crianças e adolescentes!
Educação financeira não se limita a ensinar matemática básica; ela envolve, principalmente, o desenvolvimento da inteligência emocional
Sabemos que crianças e adolescentes são impulsivos e que um brinquedo chamativo na prateleira do supermercado ou o jogo eletrônico mais recente podem desencadear um desejo intenso, muitas vezes irrefreável.
Dizer “não” sem culpa requer preparação e coragem por parte dos pais. Em vez de simplesmente negar o pedido, os pais devem explicar o porquê da negativa, mostrando como cada compra impacta o dinheiro da família. Criar metas, onde a criança ou o adolescente possa poupar para adquirir algo desejado, é uma excelente estratégia. Isso ensina a esperar, a planejar e a valorizar o que foi conquistado com esforço. É por isso, que a educação financeira não se limita a ensinar matemática básica; ela envolve, principalmente, o desenvolvimento da inteligência emocional.
Mas e essa história do FIM, o que é isso?
Muito pais ficam em dúvida, será que os filhos estão sendo exagerados nos pedidos ou não? Embora não existam regras definitivas ou receitas que sirvam para todos, criamos um parâmetro, um guia que pode ajudar na hora de saber como os filhos estão diante do consumo.
O FIM nos mostra com mais clareza como andam as emoções e reações diante do consumo:
- O F representa a FREQUÊNCIA: Qual é a frequência com que seu filho ou filha quer alguma coisa?
- O I representa a INTENSIDADE: Qual é a intensidade do pedido? A criança é muito insistente? Chora? Faz chantagem emocional? Pede com calma e se resigna? Acata um não? Perceber como a criança se comporta é outro indicativo se ela está encarando o consumo como algo adequado ou se está sendo consumista.
- O M representa a MOTIVAÇÃO: Por quê a criança quer algo? É para se sentir aceita, segura ou feliz? Questões afetivas devem ser tratadas no âmbito afetivo, ninguém deveria se sentir seguro por comprar algo. É como se terceirizasse a segurança, a felicidade e a autoestima.
Qual FREQUÊNCIA pode ser considerada normal?
- Semanal: Ganhar presentes toda semana pode criar uma expectativa constante e pode levar a uma desvalorização dos presentes.
- Quinzenal: Essa frequência ainda pode ser considerada um pouco excessiva, dependendo do contexto familiar e dos valores que se deseja ensinar.
- Mensal: Essa é uma frequência mais equilibrada. Permite que a criança tenha algo para esperar e valorizar, além de ensinar sobre paciência e gratidão.
- Bimensal ou Trimestral: Para algumas famílias, especialmente aquelas que estão tentando ensinar sobre economia e valorizar o que têm, oferecer presentes a cada dois ou três meses pode ser uma boa abordagem.
Qual INTENSIDADE pode ser considerada normal?
- O ideal é que as crianças aprendam a expressar seus desejos de maneira respeitosa e calma.
- Reforço Positivo: Elogie a criança quando ela pedir algo de forma calma e respeitosa, reforçando esse comportamento positivo.
- Diante da BIRRA: ofereça uma alternativa, como escolher um pequeno item que esteja dentro do orçamento ou sugerir que ela possa ganhar o presente em uma ocasião futura, como um aniversário.
- Saia da situação se a birra continuar, literalmente, saia da loja por um momento para que a criança possa se acalmar.
Qual MOTIVAÇÃO pode ser considerada normal?
- Conexão Emocional: Brinquedos que têm um significado emocional, como aqueles que foram presentes de familiares ou amigos, podem proporcionar conforto e segurança.
- A motivação inadequada ou exagerada ocorre quando os pedidos feitos se tornam desproporcionais, por exemplo, querer um celular ou um brinquedo para “ser igual a todos os amigos”.
Não se trata de ter uma definição rigorosa de quando e quanto dar presentes, mas de aproveitar as situações cotidianas para ajudar os filhos a desenvolverem tolerância e resiliência. O importante é que os presentes sejam dados em um contexto de amor e ensinamentos sobre valorizar o que se tem, e não apenas como recompensas ou obrigação dos pais.
DICAS PARA PAIS:
- SEJA SINCERO: Mostre aos filhos como o dinheiro é ganho e como é gasto em casa. Explique as contas, os investimentos (se houver) e o planejamento financeiro familiar.
- SEJA EXEMPLO: Seja um exemplo de comportamento financeiro saudável. Mostre que você também planeja suas compras e evita gastos impulsivos. Mas, caso você ainda não consiga fazer isso, é um bom momento para começar. Planejamento é liberdade.
- DÊ ESPAÇO PARA AS EMOÇÕES: A frustração dos filhos por não conseguirem algo imediatamente deve ser acolhida, mas não justifica a compra impulsiva. Ensinar a lidar com a frustração é tão importante quanto ensinar a administrar o dinheiro.
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