Finanças pessoais: Como não passar raspando?

Venho de uma família de professores, mãe, irmão, primos, acho que o ofício está no sangue. Eu, por estas coisas que o destino se encarrega, fui primeiro bancária e depois professora. Parece que só me convenci de que “ser profe” era o que me realizaria profissionalmente depois de um tempo. O curioso é que, por todos os estigmas existentes, no meu pensamento, eu precisava primeiro trabalhar em outra coisa para ser mais bem remunerada, para depois fazer o que eu gostava, que era dar aulas, pois pagaria menos do que eu gostaria.

Historicamente no Brasil professor não ganha bem. Mas não queremos ficar com esta sensação para sempre não é mesmo? Há sim, o que fazer para mudar esta condição. E aqui falaremos de como organizar a renda.

O que fazer para melhorarmos a nossa relação com o dinheiro? Este é um dos tantos pontos que podemos analisar. Mas é importante saber se a falta dele está atrapalhando a vida. Se lidamos bem com os nossos recursos, se estamos com as contas em dia e com uma boa quantia guardada para garantir o futuro, está tudo certo. Como diz o ditado, com o burro na sombra tudo é mais fácil, até dormir de noite.

Mas…. se não está tudo tão lindo assim na conta bancária… aí é hora de parar e virar este jogo. Sabemos que se nós não fizermos nada, nada mudará! Então o negócio é olharmos para como estamos nos organizando hoje, para termos mais qualidade de vida amanhã! O futuro chega para todos.

O consumo está em todas as partes, está no outdoor, na internet, nas redes sociais, nas relações de amizade, na TV e em tantos outros lugares. Está ali, nos chamando para comprar aquilo que nem precisamos tanto assim, e que por vezes o fazemos sem pensar nas consequências. Será que olhamos detalhadamente o extrato da conta corrente na semana do pagamento para ver onde e como aparece este consumo desenfreado? Quanto gastamos com objetos e coisas que não estavam no orçamento? E o pior: consumimos exageradamente sem necessidade!

Pois é caríssimos, o desequilíbrio financeiro vem dos pequenos atos de consumo que acontecem todos os dias, as vezes, mais de uma vez por dia.

Ali atrás veio a palavra “orçamento”, será que sabemos bem o que é isto? É um jeito muito simples da gente colocar ordem nas finanças. Vamos conversar sobre ele em um próximo artigo, mas vale pensar que é necessário olharmos com cuidado para as nossas receitas e despesas. Saber exatamente o que gastamos e com o que gastamos é fundamental para esta organização.

Uma pequena dica é o exercício de relacionar tudo o que se gastou durante 30 dias, rigorosamente. Este rigor fará com que, ao final do período, saibamos os nossos excessos, quanto gastamos com o que. E este é o primeiro passo para começarmos a desenhar o nosso orçamento. E que este seja um exercício familiar, pois orçamento se constrói em conjunto. É neste momento que planejamos o nosso futuro.

A mudança de comportamento é o primeiro passo, deixando de gastar com supérfluos, não fazendo desperdícios, controlando o dinheiro que sai, assim podemos organizar uma reserva financeira. Estipulando um percentual do salário para guardar todo mês podemos programar uma viagem com a família, trocar de carro, quem sabe até de casa!

Tudo é uma questão de organização. E todos podemos mudar!