Uma pessoa que se endividou pode virar um investidor?
Como ocorre o processo de mudança de comportamento para sair do endividamento.
Com certeza absoluta. Inúmeros casos comprovam que uma pessoa pode romper com um ciclo de dívidas e se tornar um investidor. É um processo fácil? Não, não é, mas é possível desde que haja desejo de mudar, mas antes é necessário resolver as dívidas. O Endividamento é um processo contínuo e gradual, causado ao menos por três fatores:
- O modelo econômico que incentiva o hiperconsumo
- Não estar preparado para imprevistos
- O uso do crédito sem muito planejamento
Além desses fatores existem as causas psicológicas, que são os principais motivadores, pois funcionam no registro do inconsciente e na construção de hábitos. Muitas pessoas começam uma vida sem planejamento e condicionadas, mentalmente, para a tomada de crédito por terem vivido situações difíceis como ter uma luz cortada, ser despejado de casa ou conviver com pagamento de contas em atraso. Quando uma criança cresce nesse ambiente, muito provavelmente vai estar “presa” a um modelo mental onde as dívidas acabam sendo algo “normal” e na hora das compras, que geralmente funciona assim:
- A pessoa quer comprar “custe o que custar”
- Não tem ampla consciência da decisão que está tomando
- Se envolve em uma “trama de endividamento”
- Se torna “viciado em dívidas”
A partir desse ponto o caminho “natural” é se tornar um viciado em dívidas. Muitas pessoas acreditam que não têm saída, a não ser “fazer o próximo empréstimo”.
Quando alguém passa muito tempo apenas pagando, ou tentando pagar, as contas, deixa de perceber que pode se tornar um poupador, por exemplo:
Uma pessoa que precise comprar um fogão, hoje vai encontrar preços que variam de R$ 279,90 até R$ 2.299,90. Não são as mesmas marcas e também não possuem os mesmos dispositivos, mas todos cumprem a mesma função: disponibilizam quatro bocas para cozinhar. Muito provavelmente um investidor vai logo optar pelo mais em conta, já um endividado vai escolher “o melhor”.
E você qual escolheria? Se a pessoa optasse pelo fogão de menor valor, a diferença de R$ 2.020,00 poderia ser investida. Quem consegue pagar contas, consegue poupar. Há um custo psicológico em mudar, vai exigir esforço mental e emocional, mas a recompensa será muito maior. Quer saber como mudar? Faça os exercícios a seguir:
- Estabeleça objetivos relacionados ao dinheiro poupado, por exemplo, poupar o dinheiro do fogão para férias ou para formar uma reserva de emergência;
- Aumente o valor poupado sempre que tiver algum aumento na renda;
- Programe lembretes para um mês antes do vencimento da assinatura de produtos e serviços - internet, TV a cabo, etc. - para que dê tempo de pesquisar outras opções;
- Tenha persistência e disciplina para, mês a mês, investir em algum produto financeiro (poupança ou outra aplicação em renda fixa, a princípio);
- Comece com pouco dinheiro para ir se acostumando a viver sem aquele montante e conseguir manter a decisão tomada.
Se hoje há um endividamento, não significa que futuramente não seja possível haver uma reserva financeira. Todos podem se transformar em investidores e, com certeza, a tranquilidade será muito maior e a angústia infinitamente menor.
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