As escolhas certas

“Precisamos fazer escolhas, e toda escolha implica, necessariamente, assumir uma coisa e renunciar outra. Porém, é decisivo fazer escolhas certas.” - Leonardo Boff

Certo e errado, feio e bonito, bom e mau, adequado e inadequado… Polaridades que podem nos colocar em condições maniqueístas de julgamentos e escolhas. Mas, diferente dos exercícios em muitos de nossos livros didáticos, a vida real não traz gabarito. Nossa consciência é o principal guia e direcionador diante de nossas escolhas - inclusive no que tange as decisões financeiras.

Quais seriam as “escolhas certas”, então? Quando construímos nossos objetivos de curto, médio e longo prazos, estabelecendo orçamentos para o alcance de cada um deles, antes de sair fazendo, que tal questionar: por que eu quero aquilo que quero?

As escolhas certas passam pelo critério de um forte porquê, capaz de trazer satisfação pessoal. Para isso, cabe ponderar: nossos sonhos são realmente nossos, ou apenas a continuidade de desejos herdados da família? Nossos objetivos nos trazem alegrias, de fato, ou são fruto da reprodução daquilo que é socialmente promovido? Nossas intenções preenchem nossa própria realização, ou simplesmente pegam carona nas influências da mídia?

Refletir sobre nossos porquês - e promover tal reflexão junto aos nossos alunos - pode ter um efeito altamente impactante na descoberta dos nossos “comos”. A partir de escolhas certas, as renúncias se fazem mais leves e os caminhos mais prazerosos, numa justa medida.