Artigo - 22/11/2021

O que nos impulsiona?

Como a inteligencia emocional apoia as decisões financeiras.

Para muitas pessoas, o desafio e o prazer estão diretamente ligados e suplantam a própria remuneração financeira. Pesquisas comprovam que desafios, aprendizagens e oportunidades que exigem a utilização da criatividade são mais compensatórios que o status ou o dinheiro. Portanto, as emoções são muito, muito importantes. A raiva, por exemplo, pode ser um excelente impulso para mudar alguma situação e o medo pode ser um ótimo motivo para evitar algum risco iminente. Mesmo as emoções consideradas “negativas” podem ser benéficas, desde que, sejam controladas. Eis o grande desafio do ser humano: ter equilíbrio, controlar os próprios afetos e, às vezes, gerenciar as emoções alheias.

Mas, o primeiro grande passo é o autocontrole. Conhecer o que impulsiona “para o bem ou para o mal” é a fonte em que bebemos o autoconhecimento, consequentemente, o autodomínio. Daniel Goleman autor do livro Inteligência Emocional demonstra que a memória operacional é fundamental para a compreensão, o entendimento, o raciocínio e o aprendizado. A memória operacional é acionada quando precisamos tomar uma decisão, ela reúne as experiências passadas e nos oferece uma resposta. Sendo assim, diante de uma decisão financeira, a memória operacional é acionada, quer nós percebamos isso ou não. Porém, há um detalhe que faz toda a diferença no resultado, é a influência das emoções. Caso estejamos nos sentindo pressionados, angustiados, estressados, temerosos, inseguros, extremamente confiantes ou arrojados estaremos muito próximos de um desempenho ruim.

A mente lê as emoções que fazem “o coração acelerar” como uma situação de emergência e fará tudo para se proteger. O que isso significa? Que irá retirar os recursos da memória operacional, ou seja, a capacidade de fazer uma boa avaliação e se concentrará no presente comprometendo qualquer planejamento. Freud também já havia falado isso quando revelou que nossa mente é formada por uma rede de significados, que nossas respostas cotidianas são frutos das vivências anteriores e que é um processo inconsciente. Desta forma, corremos riscos quando acreditamos que estamos motivados por algo, sem uma análise mais profunda.

Sem um investimento adequado de tempo, dificilmente teremos clareza sobre “quais são nossas reais intenções”, mesmo quando nos sentimos seguros delas. Vale lembrar que nossa mente é como um iceberg e que o consciente é apenas a parte visível, isto é, a menor parte. Então, estamos sem saída? Não, de forma alguma.

Se a maioria dos resultados das suas escolhas financeiras for positivo significa que você, consciente disso ou não, tem autocontrole. Por outro lado, se os resultados das suas escolhas forem negativos, você pode desconfiar que suas motivações são “masoquistas-financeiras”, que o autocontrole está longe da sua realidade.

A boa notícia é que o autocontrole pode ser desenvolvido, como?

O primeiro passo é reconhecer, admitir, quais são os momentos em que você toma decisões financeiras que não são positivas. A partir disso, o segundo passo é redobrar a atenção nesses momentos, por exemplo, se quando vai fazer uma escolha que envolve dinheiro você fica nervoso, o coração palpita, pegue uma folha de papel e escreva. Literalmente, escreva quais são os pontos positivos e quais são os pontos negativos daquela decisão. Escrever vai ajudar a analisar com maior clareza, vai diminuir a ansiedade e aumentar o autocontrole. Afinal, o que impulsiona você, deve sempre ser, escolhas que tragam felicidade e realização de bons negócios.

Márcia Tolotti
Autor

Márcia Tolotti

Psicanalista, psicóloga, escritora, especialista em psicofinanças e sócia da SOS MINDSET. Mestre em Cultura, MBA em Marketing e Especialista em Inovação e Cooperativismo.

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