Descompromissado

Este resultado demonstra que você não tem o hábito de organizar e pensar na sua vida financeira, gasta e compra o que precisa. Se sobrar dinheiro no fim mês ótimo, se não sobrar, tudo bem - e se faltar dá-se um jeito.

Mas pode ser diferente – e mais saudável – a sua relação com as finanças. É tempo de adquirir novos hábitos financeiros. Daqui para a frente é o momento para analisar os dados de movimentações registrados, verificando criticamente as despesas e depois, construir um orçamento de acordo com a sua realidade.

A palavra-chave para este perfil é “mudança”.

Existem muitos estudiosos do comportamento humano no campo das finanças pessoais que falam sobre as pessoas que “só pensam em gastar e depois veem como pagam”. Justificativas como “só hoje”, “eu mereço”, “só se vive uma vez” – que se acumulam ao longo do tempo. Assim como as dívidas que não tardam a chegar.

Dentre estes estudiosos está o Bion, que fala que o ser humano tem o cérebro programado para ter prazer instantaneamente em todos os seus atos. Pensar no bem-estar futuro é muito difícil. Diante disto, ele diz que as pessoas precisam experimentar sensações desagradáveis na hora de consumir, para que deste modo, evitem o consumo.

Por exemplo: se você já esteve endividado alguma vez na vida, sabe qual é a sensação de preocupação que reverbera na cabeça quando é preciso usar o cartão de crédito – e aqueles instantes antes da aprovação são agoniantes, por não saber se o crédito será aprovado. A vergonha é imensa quando uma compra é negada por falta de limite. Então, para o Bion, na hora de comprar algo desnecessário, você precisa focar nesta sensação e pensar: “não quero passar por isto novamente, então não vou gastar mais do que tenho ou posso.” Parece simples demais, né? Mas é a partir de pequenas mudanças de comportamento que construímos uma nova vida financeira. E sim, é simples! Mas requer perseverança e clareza de objetivos.

Para a sua organização financeira ser mais efetiva é necessário você reorganizar suas despesas e, depois, elaborar o seu orçamento.

O passo-a-passo para isto não tem mistério:

• Reúna a família para uma conversa clara e transparente sobre a real situação financeira - não adianta uma pessoa só mudar o comportamento na família quando o orçamento é comum.
• Compartilhem quais são as dívidas, os valores, prazos e a capacidade de pagamento atual.
• Apresente as despesas fixas e variáveis da família – aqui inclui-se desde contas de água, luz, gás, telefone… até despesas com roupas, pets, lazer e tudo o mais que custe dinheiro.
• Se existe mais de uma fonte provedora de renda, estas informações também precisam ser ditas – todos que compõem a família fazem parte do orçamento, quem gera renda e quem gasta os recursos.
• Coloquem tudo no papel (ou na planilha, no caderno, no app… aonde for mais fácil) – é importante que todos tenham acesso.
• Façam combinados em conjunto para o uso do recurso que todos irão economizar e usufruir juntos: pode ser para as férias, para trocar o celular ou o carro, para a aposentadoria, reforma da casa, compra da casa própria, faculdade de um filho, um jantar especial, o presente para alguém.
• Depois da organização das despesas, é hora de partir para um novo orçamento, no qual todos participarão com suas receitas, despesas e objetivos. Para isto existem algumas ferramentas e aplicativos disponíveis na internet.
• Vídeos, programas em família e livros, também são bons recursos para este novo momento. Que tal algumas dicas?

Youtube:

https://youtube.com/@MePoupe?si=n54pGS9445iAXqHI

https://youtube.com/@pilulasdepsicologiaeconomi1677?si=0vbMxGM4CPuFFQSx

E lembre-se sempre: seu gerente de negócios é seu melhor consultor. Fale com ele sobre a sua situação. Pode haver possibilidade mais interessante para buscar crédito - se necessário; e sempre há um investimento bacana para contribuir na educação financeira - como o consórcio ou a previdência.

Afinal, quem coopera, cresce!