Querer versus gostar

Segurança financeira, reservas de emergência, a casa própria dos sonhos, férias planejadas, previdência privada para a garantia de um futuro tranquilo. Aspectos sonhados por tantos de nós. Quem não quereria todos estes fatores bem resolvidos, desde já? Porém, como bem sabemos na prática, querer não é o suficiente.

E é a neurociência que nos confirma essa percepção do senso comum. Leonard Mlodinow, em sua mais recente obra - Emocional, a nova neurociência dos afetos, nos explica: “gostar e querer/desejar são produzidos por dois subsistemas distintos, mas interconectados no nosso sistema de recompensa (…) precisamos ser programados para buscar aquilo que gostamos.”

Ainda que os sonhos sejam claros e presentes em nossas vidas, apenas o desejo não é o suficiente para a realização. Para tanto, há de se desenvolver uma característica especial: a determinação. Além de gostar, há de se querer, verdadeiramente.

Afinal, diante de metas e objetivos, certamente aparecerão obstáculos. A reforma necessária, e não planejada; despesas imprevistas, diante de problemas ou mesmo celebrações; a demanda por ajuda financeira, vinda de um amigo ou parente; imprevistos de toda espécie, que surpreendem nosso planejamento orçamentário.

Determinação é a firmeza de propósito, mesmo diante das dificuldades. É o querer disciplinado, fortalecido e orientado às intenções. Tal qual um músculo, a determinação pode ser treinada - impactando positivamente tanto as finanças quanto os quereres da vida, em geral. Exercícios que fortalecem o querer, segundo Mlodinow: a atenção plena e a prática de atividades físicas. Ações que contribuem para o controle do foco, a regulagem das emoções e a ampliação do autoconhecimento.

Sem contraindicações, sua saúde física - e financeira - agradecem!