Artigo - 11/12/2025

Pequenos ajustes, grandes economias: evite a cegueira financeira

Você acredita que microeconomias geram grandes resultados? Se duvida, você não está sozinho. É muito comum as pessoas negligenciarem pequenos gastos, mas por que isso acontece? Porque a nossa percepção é seletiva e como tudo que envolve dinheiro mexe com as emoções e acabamos deixando a realidade de lado. Nosso cérebro não é muito bom em somar pequenos gastos, ao longo do tempo.

Por exemplo, se estamos acostumados a lanchar na rua e gastar R$ 12 de segunda a sexta-feira, acreditamos que estamos gastando “pouco dinheiro”, mas no final do mês representa R$ 240 e R$ 2.880 no final do ano. Você acha pouco?

Acredito que não! Olhar para as finanças pode ser “doloroso”, principalmente, se o saldo na sua conta for zero ou negativo. Mas não tem jeito, precisamos enfrentar a realidade, ainda mais no Natal e nas férias.

Também não podemos esquecer que se o réveillon é lindo, o IPTU, o material escolar e as renovações de planos não ligam para fogos de artifício. Por isso, dezembro é o melhor momento para fazer um acordo consigo mesmo: entrar no próximo ano gastando menos energia emocional e mais consciência financeira.

Um dos principais problemas em fazer e manter, verdadeiramente, um orçamento familiar é não ter clareza da diferença entre os dois tipos de custos que todos nós temos:

  1. Os custos fixos são aquelas contas que não dependem do nosso “humor”. É o aluguel, luz, água, transporte, medicamentos, internet, as mensalidades da academia, escola, plano de saúde, enfim, os gastos que se repetem todos os meses. Imagine que é tipo o feijão ou arroz que comemos, temos que comprar mensalmente, querendo ou não.
  2. Os custos variáveis podem mudar de acordo com nossa vontade e controle emocional. São os presentes, as roupas, os jantares, os cuidados com estética, as promoções “imperdíveis” ou a compra “merecimento”. Custo variável é como um tempero, até podemos comer o feijão sem ou com pouco tempero, mas não nos alimentaremos só de tempero, precisamos garantir o feijão.

Você percebe que podemos ter uma noção exata dos custos fixos, mas não dos custos variáveis? Eles alteram dependendo da época e o final de ano é quando mais mudam, por isso mesmo ter uma reserva é necessário. E para que você conquiste uma segurança financeira, seguem algumas dicas práticas:

1. Cozinhe uma porção a mais “de propósito”

Cozinhar para sobrar não é erro, é estratégia. Aquele arroz, feijão ou legumes que você cozinhou a mais, vira marmita para o dia seguinte.

Qual é a economia? 1 ou 2 almoços no restaurante a menos representa R$ 50 por semana, R$ 200 por mês e R$ 2.400 por ano.

2. Congele ao invés de desperdiçar

Aquele pão que sobrou e você sabe que não vai comer, aquela sobra do almoço que pode virar um jantar ou aquela fruta que vai apodrecer, congele. O freezer evita que a comida estrague e te poupa dinheiro.

Qual é a economia? Ao menos R$ 10 por semana, R$ 40 por mês e R$ 480 por ano.

3. Leve água de casa

Se você compra uma garrafinha de água 3 vezes por semana que custa R$ 4 cada – pagando baratinho – está gastando R$ 12 semanalmente e ainda poluindo o meio ambiente com mais intensidade. Então, não pense que é uma ação pequena, porque se levar água de casa o resultado pode te surpreender.

Qual é a economia? R$ 12 por semana, R$ 48 por mês e R$ 576 por ano.

Talvez você não tenha esses gastos, mas com certeza tem outros. Botar na ponta do lápis as contas fixas e variáveis faz você perceber os “gastos invisíveis”, faz você “sair da cegueira financeira” e não apenas fazer economia – faz você ter dinheiro para investir. Ainda duvida? Apenas nos exemplos acima a economia anual é de R$ 3.456. Se hoje você tivesse esse dinheiro na sua conta, faria diferença?

Tenho certeza de que sim, então mão na massa, emoção controlada e dinheiro no bolso para que 2026 seja um ano de prosperidade. Boas festas.

Márcia Tolotti
Autor

Márcia Tolotti

Psicanalista, psicóloga, escritora, especialista em psicofinanças e sócia da SOS MINDSET. Mestre em Cultura, MBA em Marketing e Especialista em Inovação e Cooperativismo.

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