Presença física promove a inclusão financeira efetiva, aponta estudo do Sicredi
Pesquisa mostra que a presença de uma agência da cooperativa fomenta inclusão e educação financeira nas comunidades e colabora com o desenvolvimento dos negócios locais
Estar presente e próxima de cada uma de nossas comunidades faz toda a diferença. Além de ser uma premissa da cooperativa, este é também um dos resultados da pesquisa “Benefícios do Cooperativismo de Crédito”. Levantamento realizado pelo Sicredi em parceria com pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que constatou que a presença física em cada comunidade é essencial para a inclusão financeira efetiva da população, mesmo com a crescente digitalização.
Confira a seguir tudo sobre o levantamento e veja como a presença cada vez maior do Sicredi tem impactado positivamente as comunidades:
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Saiba mais sobre a pesquisa
Este é o quarto estudo da série “A Efetividade do Cooperativismo”, que analisa a relevância do atendimento físico para a inclusão financeira plena. No levantamento, foram selecionados 235 municípios brasileiros atendidos pelo Sicredi que não contam com agências de outras instituições financeiras e analisada uma amostra de dados entre 2018 e 2021. No total, foram mais de 1,8 milhões de observações, que representam, em média, 229 mil associados por período.
A proximidade faz toda a diferença
Dentre os associados que passaram a contar com uma agência do Sicredi em seu município, a pesquisa revelou que o uso médio de produtos cresce 25% em dois anos, quando comparado a associados ativos em municípios sem atendimento físico. Após cinco anos, cada associado passa a ser atendido com uma média de sete produtos financeiros.
Dado que mostra o impacto do Sicredi nas comunidades em comparação a localidades que não possuem uma agência física, sendo a proximidade um dos fatores preponderantes para o aumento da participação do associado na sua cooperativa, conforme aponta André Nunes de Nunes, economista-chefe do Sicredi e o pesquisador Juliano Assunção especialista em Microeconomia Aplicada e Desenvolvimento Econômico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) que conduziu o estudo.
Esse resultado vai ao encontro dos movimentos recentes da Sicredi Pioneira de ampliação dos pontos de atendimento na região, entregando novos e modernos espaços às comunidades onde a cooperativa está inserida.
Outro impacto significativo da presença física do Sicredi nas comunidades é a maior organização financeira dos associados, sendo o relacionamento próximo e a promoção de atividades de educação financeira, fatores determinantes para essa transformação. A pesquisa mostrou que 33% dos associados mantêm recursos em poupança já no momento de associação, enquanto 13% aplicam recursos em depósitos a prazo. Após dez anos de relacionamento, esses índices passam, respectivamente, para 51,2% e 49,4%.
“Estudos divulgados pelo Banco Central, como o Global Findex, mostram o crescimento de pessoas com conta bancária, mas ainda temos uma parcela significativa com dificuldade de utilizar os serviços e ter acesso a produtos mais complexos. Nesse sentido, as cooperativas contribuem à bancarização efetiva, possibilitando aos associados acessar serviços que vão além da conta corrente, sendo atendidos pelo Sicredi com soluções personalizadas dentro de um amplo portfólio de crédito, investimentos, consórcios, seguros e outros.”
André Nunes de Nunes, economista-chefe do Sicredi
Presença física também fomenta do desenvolvimento dos negócios locais
Ainda conforme a pesquisa, à medida que o relacionamento com a cooperativa avança, os associados PJ (empresas e empreendedores) tendem a fazer mais reservas financeiras por meio de investimentos. A quantidade de associados que utilizam o serviço dobra após um ano de relacionamento e cresce mais de 200% após dois anos, ganhando relevância de forma acelerada nos períodos posteriores.
Nos primeiros seis meses, 16,5% dos associados fazem este tipo de aplicação financeira, um percentual que dobra após dois anos, chegando a 33,7% e ampliando a 53,6% nos anos seguintes.
Presença que é essencial, por exemplo, para pequenos produtores rurais, que por meio da cooperativa, passam a contar com assessoramento técnico para linhas de crédito de programas governamentais. Sendo a agência da cooperativa um canal para a descoberta e acesso a linhas de investimento, além de custeio das suas culturas.
Além de ampliar o acesso aos mais de 300 produtos e serviços financeiros do portfólio da Sicredi Pioneira, os novos espaços inaugurados pela cooperativa também colocam à disposição dos empreendedores associados importantes ambientes para coworking, reuniões, cursos e eventos, promovendo uma maior integração e networking dessas comunidades e apoiando o desenvolvimento das economias e negócios locais.
O estudo também utilizou os dados do Sistema de Informações de Crédito, gerido pelo Banco Central, e verificou que a inclusão promovida pela atuação das cooperativas de crédito em municípios desassistidos permitiu o acesso a volumes maiores de crédito durante o tempo de associação.
Relembre a série de estudos “Benefícios do Cooperativismo de Crédito”
O primeiro levantamento da série, chamado “Impacto sobre a economia local”, de autoria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e apresentado em 2019, avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativa de crédito, entre 1994 e 2017. No estudo, foram cruzadas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), evidenciando que o cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, com estímulo ao empreendedorismo local.
Já na edição publicada em 2020, sobre o “Impacto sobre a bancarização”, foi observado que, enquanto bancos tradicionais têm em média um limite mínimo de oito mil habitantes para abrir uma agência, uma cooperativa de crédito tem capacidade de abertura em municípios a partir de 2,3 mil habitantes. Nela, também houve a participação do pesquisador Juliano Assunção. A comparação em termos de renda também chamou a atenção nos resultados da pesquisa ao apontar que as cooperativas conseguem operar em cidades com PIB menor, a partir de R$ 79 milhões, diferente dos bancos públicos em que é necessário um PIB mínimo de R$ 146 milhões e dos bancos privados, de R$ 220 milhões.
Por fim, a terceira edição da série, “Ampliação da fronteira bancária”, desenvolvida e publicada em 2021, constatou que o cooperativismo de crédito tem desenvolvido um papel relevante em proporcionar acesso a serviços financeiros completos à população de municípios considerados menos atrativos aos bancos atuarem. Avaliou ainda a atuação dos bancos privados, públicos federais e regionais, e instituições financeiras cooperativas, entre 2010 e 2018, gerando índices que mostram o nível de dificuldade à atuação física em cada município e como as IFs se comportam neste cenário.
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