Educação Financeira será disciplina do currículo escolar

Em breve, a educação financeira vai passar a constar na grade disciplinar de todas as escolas brasileiras. A nova realidade, prevista na Base Nacional Comum Curricular desde 2018, deve ser implementada pelas escolas até 2020 e é vista com otimismo pelos educadores, pois vai permitir que crianças e jovens adotem hábitos de consumo consciente, formando gerações mais preparadas em lidar com suas finanças. “Quanto mais cedo iniciar o ensino, melhor, pois a criança tem capacidade rápida de aprendizado e facilidade de adaptação”, defende a consultora e terapeuta financeira, Márcia Kleemann, que também ministra palestras e workshops aos associados Sicredi e à comunidade.

A mudança de comportamento deve impactar na organização financeira das famílias, uma vez que os filhos podem se tornar multiplicadores de algumas práticas. Para Márcia, o tema vai além de calcular juros ou a rentabilidade de investimentos. “É um processo que altera valores, a forma de pensar e agir. Afinal, a relação com nossos gastos não precisa ser sofrida e, sim, planejada”, completou.

Até mesmo os índices de inadimplência são reflexos de hábitos de consumo inconsciente e não apenas resultado da crise econômica. Considerando um mercado que concentra poder sobre crianças e adolescentes, o ensino da educação financeira desde a infância pode ter impacto no orçamento familiar. “Se esse grupo não for educado financeiramente, o endividamento das famílias vai crescer. É o momento de agir”, conclui.