Disputa comercial entre EUA e China é destaque no cenário internacional

Por Pedro Lutz Ramos, Gerente de Análise Econômica do Sicredi

A visão para o cenário internacional é de que o risco deve continuar elevado pelo menos até a metade do ano. Esperamos que, com a força da economia americana, a taxa de juros dos EUA siga subindo, atingindo níveis próximos a 3%, o que, para os padrões americanos recentes, é uma taxa de juros relativamente alta, tornando os recursos mais caros no mundo emergente e, portanto, para aqueles países com altas dívidas e alta necessidade de dólares, a vida fica mais difícil. E esse é o caso do Brasil também.

Na outra frente do mercado internacional, nós vemos a guerra comercial entre China e EUA. Podemos ver, a qualquer momento, um acordo saindo e essa tensão diminuindo. Mas muitos analistas políticos nos reportam de que essa guerra não deve terminar apenas nessas pequenas negociações.

É verdade que a queda forte da bolsa americana em dezembro e a forte desaceleração chinesa causadas pela guerra comercial acabam forçando seus governantes a tentarem chegar rapidamente a um acordo, o que pode fazer com que esse risco seja dissipado a qualquer momento, mas nós não sabemos quando, pois dependem de negociações que não são triviais.