05/05/2021

Por que o mundo precisa dar um reset no seu jeito de fazer negócios?

*Solon Stapassola Stahl, Diretor Executivo da Sicredi Pioneira RS

*Nos últimos 200 anos, a Humanidade experimentou uma grande evolução no seu modo de vida, inclusive, no seu tempo de vida, saindo de uma expectativa de vida de 33 para 75 anos atualmente. Também viu o analfabetismo cair de 90% para 12% da população, e a pobreza extrema reduzir de 90% para 12%.  Qual foi a invenção da Humanidade que permitiu esta revolução? O Capitalismo.

Por outro lado, o capitalismo também produziu os maiores níveis de desigualdade de renda, com forte concentração nos mais ricos em toda história da Humanidade, a ponto de que 1% dos mais ricos detém mais riqueza que todo os outros 99% da população mundial.

Além deste aspecto de concentração de renda perverso, também há a questão ambiental. Atualmente, consumimos muito mais recursos naturais que o planeta consegue produzir. Em julho do ano passado, a Humanidade já tinha consumido todos recursos que o Planeta poderia produzir no ano, e então, a partir dali, o planeta já passou a consumir o “cheque especial dos recursos naturais”.

Quer seja pelo aspecto econômico, que mede crescimento e não prosperidade, quer seja pelo aspecto ambiental, que não considera a finitude dos recursos naturais, o fato é que esta versão atual do capitalismo não é sustentável.

Estes já são argumentos suficientes pra demonstrar que é preciso ressignificar o modo que fazemos negócio já, se queremos deixar um legado para as gerações futuras.

E é possível? Sim. Uma das propostas de se fazer negócios diferentes foi fundada pelo movimento Capitalismo Consciente, liderado pelo professor Raj Sisodia e o empresário Jonh Mackey. Este movimento prega que além do lucro, as organizações podem e devem gerar impacto positivo em todos stakeholders de seu ecossistema, adotando práticas justas e sustentáveis de negociação, prevendo um movimento de ganha-ganha-ganha, onde a organização ganha, os stakeholdes ganham, mas o ecossistema todo também ganha.

O melhor desta proposta é que dá mais lucro. Pesquisa feita por Raj e Mackey, publicadas no livro Capitalismo Consciente, demonstram que empresas conscientes americanas tiveram 1.600% mais retorno do que as listadas na S&P 500. Ou seja, é possível ser sustentável, justo, distribuir prosperidade e ainda ganhar mais dinheiro. Exemplo de algumas organizações gigantes mundiais que já adotam negócios conscientes: Amazon, 3M, IBM, Colgate, Starbucks, Google, Walt Disney. E cooperativas.

As cooperativas são, por essência, conscientes, pois já nascem de um forte propósito de melhorar a vida das pessoas e das comunidades onde atuam.  Tanto que, conforme pesquisa da FIPE, cidades que possuem agências de cooperativas de crédito têm 15% mais empreendedorismo, 6% mais emprego formal, e 5,6% mais de PIB per capita.

Assim como o movimento Capitalismo Consciente, as cooperativas também acreditam que podemos fazer negócios mais sustentáveis e que gerem impacto positivo. Pois acreditamos que os negócios são bons quando criam valor para as pessoas, são éticos porque são baseados em trocas justas, são nobres porque podem elevar a existência humana, e heroicos porque podem tirar pessoas da pobreza e gerar prosperidade pra todos.

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