30/11/2021

Como deve ficar o cenário econômico em 2022?

*Confira artigo do gerente de Investimentos da Pioneira Arthur Fiedler

*Com o fim de ano se aproximando, muito se especula sobre os índices econômicos que vão reger o setor em 2022. Alguns indicadores, no entanto, já nos mostram como pode ser o próximo ano.

Exemplo: temos visto o mercado revisando continuamente o PIB do ano que vem, já visualizando um PIB abaixo de 1%. Para este ano, o PIB deve encerrar ligeiramente abaixo de 5%, recuperando boa parte das perdas de 2020.

O que vem chamando a atenção do mercado, entretanto, é a persistente inflação. Nos últimos meses, ela tem sido puxada principalmente pelo setor de serviços e, neste último mês, passagens aéreas e combustíveis foram as principais surpresas negativas.

Esse cenário inflacionário deve fazer a inflação brasileira chegar a algo perto de 10% no fim de 2021. Por isso, estamos vendo um movimento do Banco Central de elevação de juros. Sabemos que os juros são o canal mais efetivo para controlar o nível de preços, porém também é sabido que eles atuam com defasagem sobre a inflação.

Diante deste aspecto, é necessário reagir o quanto antes para garantir o cumprimento da meta em 2022. No entanto, a proposta de se exceder a Regra do Teto de Gastos, contida no novo texto da PEC dos Precatórios, torna o cenário mais desafiador justamente por diminuir a efetividade desse canal via juros, limitando o poder de atuação do Banco Central.

Nesse sentido, nossa projeção* de Selic em 2021 é de 9,25% ao ano e para 11,50% ao ano no final do ciclo, que deve se encerrar no primeiro trimestre de 2022. Talvez, esse patamar de juros até exceda os 11% em 2022, uma vez que o mercado tem projetado a inflação na faixa dos 4,8% para o ano que vem.

Nossos modelos mostram espaço para vermos os juros voltarem a cair no final do próximo ano, visto que neste período o horizonte relevante de atuação do Banco Central será buscar a meta de 2023. Assim, como tanto as nossas quanto as projeções de inflação do Copom se encontram abaixo dos 3,25%, seria necessário voltar a estimular a economia, promovendo a queda na taxa de juros. Por tais razões, esperamos que a Selic volte a cair no quarto trimestre de 2022, para 10,0% ao ano.

Contudo, é muito importante destacar que tal movimento só será possível se a discussão do orçamento de 2022 não apresentar novas tentativas de burlar a Regra do Teto, se a condição hidrológica do país não estiver mais sob risco e, principalmente, se o candidato eleito demonstrar um comprometimento crível com o ajuste fiscal.

O que já se sabe:

✓ A retomada da atividade depende da evolução da vacinação;

✓ A recuperação é desigual, mas tem surpreendido positivamente;

✓ A inflação deve ditar o ritmo de alta de juros;

✓ A taxa de câmbio deve seguir depreciada em relação ao dólar;

✓ Fiscal elevado e cenário internacional podem gerar volatilidade.

*As perspectivas realizadas pela área econômica do Sicredi e a equipe de especialistas da Sicredi Pioneira são revisadas semanalmente.

Como fazer o melhor investimento em 2022?

Tudo depende do perfil de cada investidor.

O perfil conservador considera a segurança dos seus investimentos o ponto decisivo. Nossa recomendação é alocar em produtos de renda fixa, em especial depósitos a prazo e LCA. Esses produtos possuem um retorno atrativo e são alternativas seguras para momentos de instabilidade do Mercado.

Já para o perfil moderado, a segurança é importante mas há a disposição de assumir uma parcela de risco visando um maior retorno no médio e longo prazo. Aqui recomendamos um portfólio balanceado em produtos de baixo, médio e alto risco, como fundos de renda fixa indexados, multimercado e ações.

O perfil arrojado busca retornos expressivos mirando o longo prazo, assumindo nesta jornada uma exposição mais elevada a risco e variações em seu patrimônio. Recomendamos aqui a manutenção nas participações dos ativos de médio e alto risco que compõem a carteira, dada a recuperação gradual que vem ocorrendo nos últimos meses no mercado. Importante atentar para a diversificação, visão de longo prazo e reserva de liquidez.

No mais, imaginamos que 2022 será muito positivo na área do agronegócio. O setor deve seguir sendo um dos maiores motores da economia brasileira. Ainda se tem muito espaço também pelo crédito imobiliário, que deve se mostrar acessível e com precificações interessantes. No geral, estamos otimistas para o ano de 2022.

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