Cooperativismo e desenvolvimento regional: um trabalho coletivo

A localidade de Linha Imperial, em Nova Petrópolis, berço do cooperativismo de crédito no Brasil, foi o local escolhido para sediar mais uma edição do Encontro Regional de Lideranças. No dia 11 de março, na Sociedade Concórdia, reunimos mais de 200 membros do poder público, de entidades de classe e da imprensa. Todos eles representavam pelo menos um dos 21 municípios da área de atuação da cooperativa.

O evento já é tradição em nosso calendário, mas este ano foi ainda mais especial. A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2025 é o Ano Internacional das Cooperativas, que celebra a importância e fomenta o impacto positivo gerado pelo cooperativismo nas comunidades em que atua.

Como efeito, o objetivo do nosso encontro foi muito similar. Além de reconhecermos nossos resultados - alcançados junto dos associados -, reforçamos o verdadeiro significado do cooperativismo. Continue a leitura para entender como fizemos isso.

1. Conectando lideranças

Como o nome diz, o Encontro Regional de Lideranças é, acima de tudo, um momento para conectar as principais autoridades públicas e organizacionais dos municípios onde atuamos, estimular o senso de pertencimento e a atuação em ecossistema. O objetivo é fazer com que todos os nossos stakeholders sigam na mesma direção, consolidando nosso propósito de construir comunidades melhores.

2. Reconhecendo nosso impacto

Ao apresentarmos nossos números - que são essenciais para projetarmos o crescimento da cooperativa e dos associados - lembramos, também, da forma tão particular com que impactamos a comunidade: olhando atentamente e individualmente para cada necessidade.

Um dos grandes diferenciais do nosso modelo de negócios é a presença nacional com atuação local. O Sicredi está presente em todo o país, mas a Sicredi Pioneira atua em 21 municípios, atendendo às necessidades específicas desta região.

Solon Stahl, Diretor executivo da Sicredi Pioneira

Os frutos disso são os resultados gerados pelos nossos mais de 274 mil associados:

• Resultado líquido: R$ 185 milhões
• Patrimônio líquido: mais de R$ 1 bilhão
• Carteira de crédito: R$ 5,5 bilhões
• Depósitos totais: R$ 10,7 bilhões

Com isso, a cooperativa calcula que seu impacto total na região é de R$ 403,4 milhões. Segundo o presidente do Conselho de Administração da Sicredi Pioneira, Tiago Luiz Schmidt, esse montante se deve a três fatores:

O valor é composto pelo resultado líquido da cooperativa, que retorna direta ou indiretamente para o associado, somado à riqueza gerada – que representa a economia que o associado tem por realizar seus negócios com a cooperativa e é obtida a partir da comparação entre as taxas e tarifas da cooperativa e os custos médios praticados pelos bancos – e ao investimento social da cooperativa, especialmente em programas e iniciativas sociais e educacionais, e patrocínios de eventos e ações locais.

Tiago Luiz Schmidt, Presidente do Conselho de Administração da Sicredi Pioneira

3. (Re)aprendendo o cooperativismo

Por fim, com a palestra “O papel do agente de transformação impulsionando cidades, negócios e regiões sustentáveis”, o professor e consultor Arnaldo Junior Farias provocou os participantes a respeito dos desafios de uma gestão coletiva. Ele ressaltou a necessidade de buscarmos ideais em comum, apesar de nossas divergências.

Se o setor privado busca lucro, o setor público busca desenvolvimento e o terceiro setor busca impacto social, o cooperativismo é o ponto de convergência onde esses objetivos se encontram.

Arnaldo Junior Farias

Nesse sentido, a célebre frase do Padre Theodor Amstad, patrono do cooperativismo no Brasil, passa a fazer cada vez mais sentido. “Cooperar em tudo o que temos em comum, deixando as diferenças de lado”.